Um dos termos mais repetidos na CES 2016, feira de tecnologia ocorrida em Las
Vegas na semana passada, foi “internet das coisas”. O termo é esquisito, mas na
prática quer dizer que tudo ao seu redor poderá estar conectado à internet ou
redes particulares nos próximos anos. Móveis, eletrodomésticos, carros e até
mesmo suas roupas e adereços –estes últimos são os “wearables”, ou vestíveis,
cujo representante mais conhecido é o “smartwatch”, o relógio inteligente.

Mas o relógio ainda é pouco para os planos das fabricantes. Várias marcas no
evento mostraram roupa que ventila mais no calor, novas pulseiras fitness,
chuveiro que avisa quanta água foi gasta no banho… o céu é o limite. Mas das
gigantes da tecnologia, a Samsung foi talvez a que mais apostou nos vestíveis
neste ano.

Pelo menos um dos produtos da linha Humanfit da Samsung C&T –braço da coreana
responsável pelos vestíveis– já está à venda na Coreia do Sul e há planos de
chegar aos EUA ainda em 2016. É o Smart Suit, botão para ternos que traz
tecnologia NFC de transmissão de dados. Um de seus usos seria guardar dados
profissionais do seu usuário e retransmiti-los a outros celulares como se fosse
um cartão de contatos profissionais.

Se você tiver mais de um botão Smart Suit, também pode configurá-los com
diferentes modos de uso. Um deles ativaria um modo reuniões no celular, para
responder rapidamente a quem estiver ligando para o celular. Ou o modo direção,
que traz informações sobre a rota escolhida.

Outros produtos da linha Humanfit que ainda são considerados conceitos são:

* uma bolsa com placas fotovoltaicas que convertem energia solar em recarga
para a bateria do smartphone;

* uma roupa para jogar golfe que monitora as condições meteorológicas e o
nível de raios ultravioleta ao qual você será exposto;

* um cinto que mede sua cintura, mantém o controle sobre quanto tempo você
está sentado e avisa quando é hora de se exercitar;

* e o tecido Body Compass 2.0, com sensores e fibras condutoras elásticas que
monitoram batimentos cardíacos e movimentação muscular.

Não há previsão para nada disso chegar ao Brasil –tudo provavelmente vai
depender de se essas tecnologias serão mesmo vendidas em larga escala e serão
bem recebidas pelo público.

Fonte: tecnologia.uol